Estudo vai mapear perfil de refugiados que vivem no Brasil

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O governo brasileiro quer aumentar a integração dos cerca de 4,7 mil refugiados de mais de 70 países que vivem atualmente no País, informou nesta quarta-feira o secretário nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Paulo Abrão. A partir do reconhecimento dessa população, a expectativa é incluir os refugiados, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade, em políticas de proteção social, como as de geração de emprego e renda e qualificação profissional.

Para isso, foi firmado este mês um convênio com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), que coordenará um estudo sociodemográfico para traçar o perfil dos refugiados, solicitantes de refúgio e apátridas – pessoas sem qualquer nacionalidade reconhecida – que vivem no Brasil. O levantamento vai verificar aspectos como locais onde moram, áreas de atuação, impacto econômico de suas atividades no desenvolvimento brasileiro e contribuição cultural e social.

“Esse levantamento vai nos ajudar a identificar e a mapear a vida do refugiado após receber o refúgio. Queremos traçar um perfil, identificar onde e como vivem e quais são suas principais necessidades dentro do nosso próprio País”, disse, ao participar da abertura do 1º Curso de Elegibilidade e Reassentamento, promovido pelo Conare em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Paulo Abrão acrescentou que os resultados do levantamento, que devem ficar prontos no ano que vem, vão “qualificar a capacidade dos poderes públicos na elaboração de políticas de atendimento e de reconhecimento da condição de refugiado”.

Ainda durante o encontro, o representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramirez, destacou que o estudo servirá para aprimorar o programa voltado aos refugiados, na medida em que permitirá maior clareza sobre sua situação no território brasileiro. Ele enfatizou que, entre 2010 e 2012, o número de solicitações de refúgio no Brasil quadruplicou, passando de 550 para 2,5 mil.

Na avaliação de Elias Ferreira, representante da Força Sindical no Conselho Nacional de Imigração, colegiado vinculado ao Ministério do Trabalho, o aumento no número de imigrantes, puxado principalmente pela vinda de haitianos após o terremoto de 2010, não afetou, até agora, a contratação da mão de obra nacional.

“A maioria deles está sendo absorvida em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Norte e no Nordeste. Embora tenha aumentado, o número de refugiados ainda é pequeno se comparado ao total da população brasileira”, disse.

Pesquisado por Rita Schlicht
Fonte de pesquisa : Agência Brasil

Resposta ao sr. presidente do Uruguai José Mujica.

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Sabemos que um Estado Laico é oficialmente neutro em relação a questão religiosa. Não opondo e nem apoiando nenhuma religião.

Mas, enquanto o Presidente do Uruguai respeita o seu estado Laico ( com todo o respeito ao Sr. Mujica). Será então que, Chefes de Estado e representantes de 132 de países que assistiram nesta terça-feira 19, na Praça de São Pedro à missa solene de início de pontificado do papa Francisco, desrespeitaram o seu povo e seu Estado, mesmo muitos deles não sendo católicos ? Ou esse ato seria nada mais que, um momento de imenso respeito e humildade dando assim, exemplo de como se deve tratar um semelhante seu?

O primeiro pontífice jesuíta e latino-americano hoje é papa Francisco.

Entre os presentes estavam vários líderes dessa região, como as presidentes do Brasil, Dilma Rousseff e da Argentina, Cristina Kirchner, além dos mandatários de Chile, Sebastián Piñera; Paraguai, Federico Franco; Equador, Rafael Correa; e México, Enrique Peña Nieto, entre outros.

Também assistiram à missa os príncipes das Astúrias, Felipe e Letizia, e os da Holanda, Guilherme e Máxima. Na Praça de São Pedro também estavam o príncipe Albert I de Mônaco. Representantes de países europeus; A chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault; e o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.

Muitos representantes de outras religiões também compareceram, como o patriarca ecumênico de Constantinopla, da Igreja Ortodoxa Sérvia; da Igreja Ortodoxa Russa; o ortodoxo Bartolomeu; o metropolita (arcebispo) Hilarion, e o metropolita Amfilohje, entre outros. O reverendo Olav Fykse Tveit, do Conselho Mundial de Igrejas, e representantes da Comunhão Anglicana, da Federação Luterana Mundial, da Aliança Mundial Evangélica, e de outras religiões estavam presentes como: o imã Izzeddin Elzir; e representantes budistas, sikh e hindu .

Também foram possíveis serem vistos na Praça de São Pedro o rabino chefe de Roma, Riccardo Di Segni; o presidente da União de Comunidades Islâmicas da Itália.

Com isso senhor Mujica, ter ido prestigiar um fato histórico, mesmo este, sendo também um fato histórico religioso, é nada mais que, mostrar ao seu povo “Laico” que nossas escolhas e opiniões dependem e interessam somente a quem as faz.

Estes representantes religiosos e chefes de Estado, conseguem me mostrar um imenso interesse pelo respeito e pelo ser HUMANO. E se o senhor Presidente Mujica, não têm mais esperança, realmente, fez o que é de mais certo. Ficar em casa!!!

Por Rita Schlicht ( Aluna de RI da Estácio)

Fé e esperança;

Ao ler a passagem bíblica do Livro de Romanos, o papa mencionou a necessidade de manter a esperança viva. “São Paulo fala de Abraão, que acreditou ‘com esperança, para além do que se podia esperar’”, disse ele. “Também hoje, perante tantos momentos de céu cinzento que há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos a esperança”, acrescentou.

Francisco recomendou que todos se tornem guardiões uns dos outros. Segundo ele, para por em prática o conselho é necessário assumir a sinceridade como premissa. “É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem”, disse ele. “Sede guardiões dos dons de Deus.”